Saiba por que você deveria usar a cor cinza com bastante moderação
"Dia cinza", "zona cinza", "reduzir às cinzas": já percebeu como a cor é associada à energia que vibra em determinadas situações negativas? O cinza costuma remeter ao que é frio, parado e sem vida, entre outras impressões. Por essa razão, é uma tonalidade que pede equilíbrio, seja na composição de um look ou na decoração da casa. E quem não sabe como fazer isso corretamente, deveria evitá-la.
Pela cromoterapia, nenhuma cor é ruim, desde que adotada de maneira certa. O cinza, resultado da união entre branco e preto, é considerado neutro e, como tal, pode provocar reflexos positivos e, também, negativos.
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Como explica a terapeuta holística Fernanda M. F. Carvalho, a exposição de uma cor no corpo se transforma em frequências vibracionais no cérebro. "Despertam certas sensações e emoções e, por isso, têm significados diferentes", diz. Apesar do branco, o preto e o cinza não fazerem parte do espectro solar, ainda assim influenciam na vida das pessoas.
"O cinza tem energia de estagnação, uma vibração até um pouco depressiva, pois lembra o fim de um ciclo, o fim do dia, aquele momento em que nem se pode aproveitar a noite ainda", aponta Brendan Orin, tarólogo do portal Astrocentro.
De acordo com a médium Cigana Kélida, umbandista e dirigente espiritual da Casa Maria Madalena, a cor ainda remete às vibrações umbralinas, ou seja, as colônias espirituais onde habitam espíritos sem evolução ou que vibraram negativamente quando estiveram em terra.
Com tantas interpretações, o cinza acaba reverberando nas pessoas que optam pelo tom. Sandra Reis, terapeuta integrativa, argumenta que quem adota exclusivamente as versões mais escuras do cinza tende a ser alguém reprimido, que nega afeto e, por consequência, é carente.
"São pessoas com tendência à apatia e ao desânimo, que podem se mostrar inseguras, com baixa autoestima", descreve. Há, ainda, chances de isolamento e solidão. Já ao adotar tonalidades mais claras, isso fica mais ameno.
O efeito do cinza dentro de casa
Por exalar uma névoa depressiva e de estagnação, a cor não é recomendada nos lugares em que se deseja obter crescimento, desenvolvimento, elevação ou alegria, como em quartos de crianças. "Por inspirar a formalidade, é quase um bloqueador criativo, impactando o desenvolvimento cognitivo e favorecendo, inclusive, pesadelos", aponta Brendan.
O cinza também deve ser evitado devido à melancolia, ao isolamento e desânimo que proporciona ao ambiente. "A criança, estando sob essa influência, pode apresentar traços de tristeza ou apatia. Talvez alguns elementos não sejam problema, como uma ou outra peça de decoração, mas certamente o cinza não é boa escolha para as paredes infantis", afirma a médium Kélida.
Entretanto, para os adultos, uma casa predominantemente cinza, com elementos decorativos adequados, pode ser muito agradável e positiva para quem quer curtir momentos na própria companhia.
Sandra Reis explica que é possível harmonizar a tonalidade com uso de peças decorativas, como cristais – o quartzo rosa traz harmonia ao ambiente, por exemplo -, além de cores alegres e lâmpadas coloridas. O laranja e o amarelo são os mais indicados.
Em ambientes de trabalho, onde o cinza reflete formalidade e responsabilidade, vale agregar tons cromados, que remetem à inovação e tecnologia. Ali também o amarelo é bem-vindo, para atiçar a mente e a criatividade. "Além dele, o verde vivo é bastante recomendado. Todo mundo deveria abusar de plantas para trazer vida aos ambientes predominantemente cinza", argumenta Orin.
No guarda-roupa, tudo depende do objetivo
Quando o olhar se volta para as roupas, o uso do cinza pode ser positivo ou negativo, dependendo da aplicação e do objetivo de quem adota essa cor.
"Por não ter uma carga emotiva, é caracterizado como 'sem graça' e enfadonho e ligado à depressão, isolamento e solidão. Mas, por ser neutro, pode despertar solidez, estabilidade, maturidade, responsabilidade e eficiência", observa Fernanda.
Marilene Silva, cromoterapeuta e mandalista, por sua vez, defende que uso deve ser equilibrado, já que também pode retratar conservadorismo, indecisão, falta de iniciativa e até energia. Além disso, usar cinza da cabeça aos pés faz com que a pessoa não seja notada. Se essa não for a intenção – há quem prefira passar despercebido em determinadas situações, certo? -, o adequado é combinar o cinza com outras peças de roupa e acessórios de cores mais vibrantes.
Não se pode esquecer, é claro, que o tom tem seus pontos positivos, sobretudo em ambientes mais sisudos, como escritórios. Ali, traz formalidade, seriedade e deixa tudo mais profissional.
Claudia Dias, colaboração para Universa
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