Ler horóscopo antigo dá azar? Desvendamos 7 mitos sobre astrologia
Quando o assunto é astrologia, as opiniões são sempre controversas: há quem defenda até os dentes, enquanto outros só enxergam balelas.
Crenças de lado, também há muito blá-blá-blá sobre o tema. Por isso, fomos atrás da verdade sobre 7 mitos bem comuns.
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1. Astrologia é "modinha", assunto que despertou interesse há pouco tempo
Há evidências sobre observações celestes e estudos dos movimentos dos planetas e astros desde a antiguidade, mais precisamente por volta dos anos 4.000 a.C., na Mesopotâmia, de acordo com a astróloga Patrícia Terranova. "Historiadores e arqueólogos relatam inscrições registradas na história dos povos da Babilônia, Pérsia, Suméria, Assíria e Caldeia. Também aconteceram na antiga Índia. Posteriormente, pensadores gregos, como Platão, Sócrates e Aristóteles, avançaram no estudo das relações entre céu e terra, através de descobertas que integram a base da astrologia até hoje", cita a especialista. As referências históricas sobre astrologia incluem povos árabes e romanos e, mais recentemente, nomes de estudiosos como Leonardo da Vinci, Galileu Galilei, Johannes Kepler, Isaac Newton e Carl Jung.
2. Ler horóscopo de datas passadas traz azar.
Bem ao contrário disso, revisitar referências de datas que já passaram é uma maneira de compreender o hoje e criar novas possibilidades de lidar com algo, como pontua Aline Camargo, astróloga responsável pela página Dança dos Planetas, no Facebook. Segundo ela, ler ou ouvir sobre um momento que já passou corresponde a entrar em contato com caminhos que estamos trilhando (ou nem chegamos neste ponto ainda), mas que abrem espaço para novas criações. "Não há porque temer olhar fatos ou horóscopos antigos, que podem conter muitas das explicações e chaves para um desenrolar mais leve do hoje e do amanhã", diz.
3. As pessoas viram o ascendente delas, com o passar dos anos.
"Não há explicação astrológica para esse mito em nenhum livro sério de astrologia", enfatiza o astrólogo e jornalista Marcelo Dalla. O ascendente se referente à constelação que ascende à leste, no horizonte, no exato momento de um nascimento. Pode, inclusive, ser o mesmo do signo solar. "A simbologia do ascendente nos fala sobre características que vamos incorporando em nosso interior, a partir das nossas vivências. Quanto mais vivemos, mais experiências e trocas agregamos. Por isso estamos em constantes estados de transformação e evolução", destaca a astróloga Patrícia Terranova. Mas ninguém deixa de ser seu signo solar, porque são energias e forças completamente diferentes. "Uma já nasce conosco e a outra aparece conforme interagimos com a vida", resume a especialista. Marcelo acrescenta que o ascendente envolve características que funcionam como um cartão de visitas. "Traz pistas sobre o aspecto físico, a 'máscara' exterior (tanto física, como emocional e intelectual), alguns hábitos e maneirismos pessoais, além da forma como nos mostramos ao mundo e como o mundo nos vê. É a primeira impressão que causamos e a forma como iniciamos as coisas", descreve.
4. A astrologia pode prever e mudar o futuro.
Astrologia não é previsão, nem pode alterar o futuro porque é o estudo sobre as leis da natureza – e a natureza não funciona de forma cartesiana, com causa e efeito. Quem explica é a astróloga Maju Canzi, que lembra ainda outro fator importante: o ser humano tem livre arbítrio. "O que a astrologia faz é compreender quais as tendências que os movimentos planetários apontam, a partir dos ciclos da natureza", esclarece. Maju acrescenta que a astrologia é usada há milênios para explicar as energias disponíveis no universo, enquanto a forma como o homem conduz tais forças faz parte de escolhas pessoais de cada um. "Em uma sessão com o astrólogo, a pessoa pode compreender as principais tendências do seu próximo ano e tomar decisões a partir dessa consciência. É como previsão do tempo: você se antecipa e pode refletir e aproveitar o seu momento da melhor da maneira", exemplifica.
5. Signos que não dão match na sinastria nunca vão combinar.
A sinastria é um braço da astrologia que se propõe a compreender um relacionamento, apontando os pontos positivos e os eventuais obstáculos da convivência. "Não ter afinidade com outra pessoa ou signo não significa incompatibilidade, mas dificuldade em lidar com a qualidade daquele signo", diz Aline Camargo. Ou seja, diante da análise, o esperado é que a pessoa tenha consciência das características do par e, assim, conduza melhor o relacionamento. "A pessoa que desperta o interesse não é composta unicamente por um signo. É uma gama infinita de possibilidades de encontros entre signos que compõem seu ser. Parar na primeira barreira pode ser o medo de também se olhar e se propor a convivência", comenta Aline.
6. Irmãos gêmeos têm o mesmo mapa astral.
Quem conhece gêmeos sabe que a personalidade deles é diferente. Apesar de o posicionamento dos planetas no céu ser idêntico, já que o nascimento geralmente ocorre no mesmo dia e horário, há outro fator bem importante a se considerar, de acordo com a astróloga Maju Canzi: "Seguindo a lei natural da ordem, um nasceu como primeiro e outro nasceu como segundo. E o mapa astral do segundo é criado a partir do mapa do primeiro. Por isso, apesar dos mesmos planetas, terá um ascendente diferente e um 'funcionamento de vida' diferente do irmão, mas muitos traços iguais", explica ela.
7. Inferno astral existe.
Como o ciclo do sol tem um ano de duração, na data do aniversário, o astro completa uma volta inteira pelas constelações zodiacais e faz conjunção com o sol do nosso mapa natal. "É quando acontece a famosa revolução solar, é quando recebemos nossa injeção de ânimo, vitalidade, energia, brilho e confiança e podemos começar novos projetos, sair, fazer contatos, mostrar o nosso melhor", avalia o astrólogo Marcelo Dalla. Nesse contexto, o período de um mês que antecede um aniversário é o final deste ciclo solar. "É um período de cunho mais introspectivo, ideal para conclusão de assuntos, recolhimento, descanso. Nossa energia tende a cair e, por isso, apelidaram de 'inferno astral', o que soa radical e negativo", esclarece.
Claudia Dias, em colaboração para Universa
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